Voa Brasil apresenta baixa adesão; apenas 0,1% das passagens aéreas foram vendidas
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O programa Voa Brasil, lançado na última semana para oferecer passagens aéreas a preços reduzidos para aposentados do INSS, está com uma adesão inicial abaixo do esperado.
De acordo com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, apenas 3 mil passagens foram vendidas desde o lançamento, representando um ínfimo 0,1% do total de passagens disponibilizadas no primeiro dia.
Lançado em 24 de julho, o programa disponibilizou 3 milhões de passagens no site oficial. Apesar de ter registrado 50 mil acessos ao site, as vendas até agora foram limitadas a uma pequena fração do total disponível.
Costa Filho atribuiu o início lento às pessoas que ainda estão conhecendo o programa e afirmou que um esforço adicional de comunicação será feito para aumentar a adesão.
Questionado sobre a baixa procura, o ministro destacou que o principal objetivo do programa é promover uma iniciativa inclusiva sem custos adicionais para o orçamento federal.
Voa Brasil
A estratégia do governo é oferecer passagens a preços reduzidos para aposentados que não viajaram nos últimos 12 meses, aproveitando a ociosidade dos assentos nos aviões.
Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, cerca de 15% a 20% dos assentos ficam vazios ao longo do ano, o que justificaria a oferta de passagens a preços promocionais.
O governo firmou acordos com as companhias aéreas para viabilizar o programa sem impacto financeiro direto, aproveitando as vagas não ocupadas.
Dados do ano passado indicam que a aviação civil brasileira movimentou cerca de 112 milhões de passageiros, com aproximadamente 12% das passagens vendidas por até R$ 200.
A expectativa é que o Voa Brasil contribua para aumentar essa porcentagem, incentivando aposentados que não costumam viajar a utilizar os assentos disponíveis.
“Dos 112 milhões de passageiros, apenas 30 milhões têm CPFs que realizam viagens regularmente pelo Brasil. O objetivo do programa é incluir mais pessoas nesse universo de viagens”, concluiu Costa Filho.
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