Lula envia ao Congresso projeto que eleva tributos sobre empresas
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei que eleva tributos sobre o lucro das empresas para obter uma arrecadação adicional de R$ 32,56 bilhões entre 2025 e 2027.
Só no ano que vem, o governo conta com um incremento de R$ 21,03 bilhões. As receitas ajudarão a fechar as contas do Orçamento de 2025 dentro da meta fiscal, que é de déficit zero.
O projeto aumenta as alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 1º de janeiro a 31 dezembro de 2025 para as empresas em geral, bancos e seguradoras.
Instituições financeiras terão um aumento maior. Pelo projeto, a alíquota dos bancossubirá dois pontos percentuais, de 20% para 22%. As demais empresas terão a alíquota majorada em um ponto percentual, de 9% para 10%. A cobrança sobre as empresas de seguros privados e capitalização subirá de 15% para 16%.
Técnicos do governo afirmaram que a alíquota dos bancos subirá mais porque seria desproporcional aumentar a tributação das instituições financeiras em só um ponto porcentual em relação ao resto das empresas.
O projeto também aumenta para 20% a alíquota dos Juros sobre Capital Próprio (JCP). Eles são uma forma alternativa de uma empresa remunerar seus acionistas recolhendo menos tributos. Os valores distribuídos hoje pagam uma alíquota de 15% de Imposto de Renda.
Embora o aumento da CSLL seja temporário, o projeto não impõe prazo de vigência para o aumento da cobrança sobre os JCP, o que garante receita extra ao governo pelo menos até 2027.
Pelas projeções do governo encaminhadas junto com o texto, a alteração das alíquotas da CSLL garante um aumento de receita tributária de R$ 14,93 bilhões em 2025 e de R$ 1,35 bilhão em 2026.
Já a alteração dos JCP trará um incremento de R$ 6,01 bilhões em 2025, R$ 4,99 bilhões em 2026, e R$ 5,28 bilhões em 2027.
O projeto foi encaminhado em regime de urgência constitucional para acelerar a sua tramitação. O regime de urgência prevê deliberação sobre o tema em até 45 dias -caso contrário, a pauta da Casa ficará travada.
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